De como perdoar aos inimigos

              “Perdoas... és cristão... bem o compreendo...
E é mais cômodo, em suma.
Não desculpes, porém, coisa nenhuma,
Que eles bem sabem o que estão fazendo.” 

QUINTANA, Mário.
(em: Antologia poética. Porto Alegre: LP&M, 2001. p.41)

 Esta pequena amostra da obra de Quintana vem nos mostrar o quão difícil é o ato de perdoar de verdade. Quando há algum desentendimento entre pessoas, se não houver a grande virtude do perdão sincero, os desentendimentos ficam apenas mascarados, escondidos por trás de falsas cordialidades. Todavia, as pessoas ‘desculpam’ as outras para amenizar tensões, estratégia que sobrecarrega o indivíduo com o passar do tempo. O argumento de Quintana é o livre arbítrio, dificilmente alguém faz mal a outrem sem saber.

Veja também: (Literatura) Motivo

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