O Alumínio e a sua reciclagem

Meio Ambiente 


[Latinhas são um dos poucos produtos que podem ser reciclados e usados como na origem. Foto: Revista Desafios] 

A reciclagem inclui processos que geram economia de energia, pois minérios de ferro, manganês, zinco e principalmente o alumínio, em sua obtenção da bauxita, exigem processos de aquecimento e no último caso, especificamente, o uso de correntes elétricas. Logo, por mais que o Brasil possua uma das três maiores reservas de bauxita do mundo, é mais vantajoso economicamente reciclar latinhas de alumínio, por esta economia. O ciclo da reciclagem também proporciona renda extra a milhares de catadores autônomos ou integrantes de cooperativas.
Outra vantagem importante na reciclagem de latinhas é que, ao contrário das garrafas de PET, por exemplo, é possível converter o material usado novamente como matéria prima para novas latas, permitindo a criação de um ciclo. Entre os materiais vendidos para as indústrias de reciclagem, o alumínio é o mais nobre, sendo remunerado muitas vezes mais que os demais materiais de interesse, como o vidro e o aço. Estima-se que este ciclo tenha duração média de dois meses.
Tendo cerca de 14,5 g de massa, são necessárias entre 65 e 75 latinhas de alumínio para completar um quilograma, pois há alguns tamanhos especiais. A massa de alumínio obtida com a reciclagem poupa a extração de cinco vezes mais massa de matéria prima (bauxita) bruta.
O ciclo de reciclagem do alumínio é relativamente simples: os catadores vendem às empresas de materiais recicláveis, os populares ferros-velhos, ou diretamente aos compradores; onde estas latas são amassadas e prensadas em grandes fardos. Há o costume por parte dos catadores de amassar as latas antes de entregá-las visando poupar espaço em seus carros de trabalho, o que também agiliza o processo de compactação. Depois, já na indústria, os fardos são fundidos em lingotes na forma de tiras e, depois, em lâminas mais finas que compõem bobinas de alumínio. Posteriormente ocorre o corte e confecção de partes individuais, e, já na indústria de bebidas, a lata recebe o enchimento que dá o formato tradicional. Também, visando evitar a corrosão, é feita a anodização do alumínio, e, por fim, a lata recebe o líquido e retorna ao consumidor.
O consumo de latas de alumínio varia muito de país para país. Nos Estados Unidos da América, como o consumo de refrigerantes e fast food é alto, são cerca de 375 latas consumidas por ano a cada habitante, valor estimado em 51 para o brasileiro. Com todo este procedimento, evita-se deixar acumulado na natureza um material que leva cerca de 100 anos para se decompor, conforme uma campanha que passava na TV: um presente indesejável para filhos e netos.
 


  

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