Os discursos do Bial

Televisão

 
Na primeira vez em que se faz um paredão de mentirinha, Anamara se dá bem e assume a liderança real. Em uma nova votação, Aslan é indicado pela líder e no desempate entre Marcello e Kamilla, a rainha escolheu o brother.
Amanhã, como de costume, antes da saída ou de Aslan ou de Marcello, haverá o tradicional discurso de Pedro Bial, que pode dar dicas ao eliminado ou esconder quem realmente irá sair, pois há momentos em que o apresentador realiza choques de perfis para que o anúncio não perda a graça. Estes discursos são mais que um mero recurso de entretenimento, são unicamente a lírica do BBB, o espetáculo da louca vida real.
Abaixo, veja os discursos que Bial fez nas eliminações de Aline, Dhomini e no falso paredão em que ‘Anamara’ foi eliminada.


“Cada um de vocês aí dentro tem um produto para vender, e querem convencer quem assiste a comprar esse produto. E mais, querem que essa negociação de compra e venda seja a maior diversão. Não querem só vender o produto. Querem que a gente goste de comprar. E o que é que vocês vendem? Qual é o produto que vocês oferecem? Ora, vocês são este produto. Cada um de vocês é o produto e o publicitário desse produto. E o que precisa fazer o publicitário: convencer. Só vence quem convence. Vence com, vence junto. É isso que faz o campeão. Consegue persuadir a gente. Vence o mais convincente. Nessa edição, a divisão é entre veteranos e estreantes. Os veteranos pensam dominar a técnica de vender, de convencer. Os estreantes olham para cima e parecem venerar, não apenas os veteranos, mas as próprias técnicas que a seus olhos dominam. Mas para ganhar, vender, vencer e conquistar não é suficiente saber montar o corpo do campeão. Alguns veteranos sabem até montar, sim. Se deixar montam esse corpo e sabem direitinho aonde vai cabeça, corpo e membros: têm a técnica. Mas técnica nenhuma sabe fazer o coração bater. O sangue correr pelas veias. Dar vida a este corpo. Isso não se sabe. Isso se descobre, se inventa. E no território da invenção todo mundo é calouro, veterano ou novato. Sim, a verdade pode vencer, mas para que seja verdade, alguém tem que acreditar nela. E para alguém acreditar na sua verdade, é preciso que alguém escute. E para que alguém escute, é preciso que você desperte o interesse. Para ser interessante, há que ter imaginação. Hoje é isso. Vamos à primeira eliminação do BBB13. Acabei de dizer que vence o mais convincente. Convencimento e persuasão são as armas. Quem tenta se impor e pronto corre grande riscos. Ninguém compra nada por imposição. Talvez esse tenha sido isso o grande pecado do eliminado de hoje. Pecado sem perdão: Aline.”

Anamara X Dhomini

“Estava dizendo aqui: parece que eu já vi esse filme... Mas não vi: esse filme é novo, ainda está sendo rodado, o roteiro está sendo escrito aí todos os dias. É que a gente já conhece os atores. Ou pensa que conhece... Aliás, ser conhecido é uma vantagem e uma desvantagem para os veteranos. Quem já viu uma vez compara a primeira e a segunda atuações. E quem resiste a ser comparado a si mesmo? De que lado você fica? Do lado do que já passou? Ou do lado que ainda não chegou? Só existe passado e futuro. O presente acabou de passar ou ainda está pra chegar. A gente vive de lembranças do passado e de projeções do futuro. Grandes figuras, vocês dois... Marcaram época... Um foi simplesmente campeão. Um super campeão. A outra roubou meu coração. Meu e o da torcida do Bahia, Vitória, Fluminense de feira, Juazeiro e Petrolina. Tantas virtudes, ambos. Inteligência, presença de espírito, senso de humor. Dhomini, o cara que nasceu André. Tem tanta fé que mudou até de nome, por fé. Dhomini é uma máquina de crer. Isso traz concentração, poder de observação, força interior. Dhomini, o jeito mulambo de ser rei. Anamara, como não amar? Em comum com Dhomini, Maroca tem coragem pra dar e emprestar. Coragem, substantivo feminino. A coragem. Coragem tem menos a ver com macheza do que com desejo de justiça. E é esse desejo de justiça que move nossa saudosa Maroca. Tanta sede de justiça que virou polícia! Frente a toda concentração de Dhomini, a intuição desengonçada de Anamara. E graça, que graça, uma auto-confiança surpreendente! Sensualidade, e o charme da humildade. Um jeito majestoso de ser mendiga. Sem falar na voz, repito sempre, sem falar na voz maviosa... Vamos lá, considerem: nada é mais precioso do que o tempo, daí que uma segunda chance não tem preço, é como uma passagem para a máquina do tempo! Tente outra vez. Se a outra vez não foi feliz, tente outra vez. Se a outra vez foi perfeita, tente outra vez. Se a primeira vez foi feliz e bem-sucedida, por que não buscar reproduzir as circunstâncias da primeira vez na segunda? Repetir a história! Sim, a história se repete. A história se repete... Como farsa. Perdeu... Campeão”

Anamara X Marcello (liderança)

“Anamara... Marcelo... E eu que achava que nunca mais ia ter que passar por isso... Mais uma vez, de novo. Bom.. Como é que eu posso dizer? O anúncio da eliminação é sempre como violar a correspondência alheia, abrir uma carta endereçada a outrem... O que eu tenho a dizer... É uma espécie de segredo... É um segredo! Um segredo que preciso compartilhar com vocês, agora, não tem jeito... Como tornar isso menos doloroso? Talvez lembrar de quantas vezes a vida nos engana. Lembrar da velha sabedoria hindu: tudo é ilusão, tudo é maia, matrix! Talvez seja só um sonho ruim... Talvez você vá acordar de um pesadelo, agora. Marcelo, talvez esse não seja só um paredão, seja só mais um obstáculo pra você vencer e alçar voos ainda mais altos. Anamara, talvez isso seja mais que apenas uma eliminação, encare como um recomeço, mais um, você já recomeçou tantas vezes... Talvez este não seja o fim. Talvez não, com certeza! Posso garantir a você que ao sair por aquela porta, você vai encontrar outras portas, abertas, e atrás delas, outros mundos, paisagens e possibilidades vão se abrir. Às vezes, algo aparentemente muito bom nos acontece, e acaba por nos machucar e fazer mal. Às vezes, uma coisa que parece muito ruim pode ter consequências inesperadamente maravilhosas, acredita? É igualmente verdade dizer que nada acontece por acaso e dizer que só existe o acaso. Graça e desgraça são irmãs siamesas. Juro: eu não queria ter que dizer isso de novo: vem pra cá, Maroca...”
 



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